Mostrando postagens com marcador Gêneros textuais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gêneros textuais. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Comédias para Ler na Escola



 A Espada

 Luis Fernando Veríssimo

Uma família de classe média alta. Pai, mulher, um filho de sete anos. É a noite do dia em que o filho fez sete anos. A mãe recolhe os detritos da festa.
O pai ajuda o filho a guardar os presentes que ganhou dos amigos. Nota que o filho está quieto e sério, mas pensa: "É o cansaço." Afinal ele passou o dia correndo de um lado para o outro, comendo cachorro-quente e sorvete, brincando com os convidados por dentro e por fora da casa. Tem que estar cansado.
- Quanto presente, hein, filho?
- É.
- E esta espada. Mas que beleza. Esta eu não tinha visto. - Pai...
- E como pesa! Parece uma espada de verdade. É de metal mesmo. Quem foi que deu?
- Era sobre isso que eu queria falar com você.
O pai estranha a seriedade do filho. Nunca o viu assim. Nunca viu nenhum garoto de sete anos sério assim. Solene assim. Coisa estranha... O filho tira a espada da mão do pai. Diz:
- Pai, eu sou Thunder Boy.
- Thunder Boy?
- Garoto Trovão.
- Muito bem, meu filho. Agora vamos pra cama.
- Espere. Esta espada. Estava escrito. Eu a receberia quando fizesse sete anos.
O pai se controla para não rir. Pelo menos a leitura de história em quadrinhos está ajudando a gramática do guri. "Eu a receberia..." O guri continua.
- Hoje ela veio. É um sinal. Devo assumir meu destino. A espada passa a um novo Thunder Boy a cada geração. Tem sido assim desde que ela caiu do céu, no vale sagrado de Bem Tael, há sete mil anos, e foi empunhada por Ramil, o primeiro Garoto Trovão.
O pai está impressionado. Não reconhece a voz do filho. E a gravidade do seu olhar. Está decidido. Vai cortar as histórias em quadrinhos por uns tempos.
- Certo, filho. Mas agora vamos...
- Vou ter que sair de casa. Quero que você explique à mamãe. Vai ser duro para ela. Conto com você para apoiá-la. Diga que estava escrito. Era o meu destino.
- Nós nunca mais vamos ver você? - pergunta o pai, resolvendo entrar no jogo do filho enquanto o encaminha, sutilmente, para a cama.
- Claro que sim. A espada do Thunder Boy está a serviço do bem e da justiça.
Enquanto vocês forem pessoas boas e justas poderão contar com a minha ajuda.
- Ainda bem - diz o pai.
E não diz mais nada. Porque ve o filho dirigir-se para a janela do seu quarto, e erguer a espada como uma cruz, e gritar para os céus "Ramil!". E ouve um trovão que faz estremecer a casa. E vê a espada iluminar-se e ficar azul. E o seu filho também.
O pai encontra a mulher na sala. Ela diz:
- Viu só? Trovoada. Vá entender este tempo.
- Quem foi que deu a espada pra ele?
- Não foi você? Pensei que tivesse sido você.
- Tenho uma coisa pra te contar.

Conto - Luis Fernando Veríssimo



O Homem Trocado
Luis Fernando Veríssimo

      O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
      - Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.
      - Eu estava com medo desta operação...
      - Por quê? Não havia risco nenhum.
      - Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...
      E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.
     - E o meu nome? Outro engano.
     - Seu nome não é Lírio?
    - Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...
    Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.
      - Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
      - O senhor não faz chamadas interurbanas?
      - Eu não tenho telefone!
     Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.
      - Por quê?
      - Ela me enganava.
      Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer:
     - O senhor está desenganado.
     Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.
     - Se você diz que a operação foi bem...
     A enfermeira parou de sorrir.
     - Apendicite? - perguntou, hesitante.
     - É. A operação era para tirar o apêndice.
     - Não era para trocar de sexo?

domingo, 24 de junho de 2012

Resenha


Como elaborar uma resenha


Add caption

  
1. Definições

Resenha-resumo:

É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.

Resenha-crítica:
É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.
2. Quem é o resenhista

A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.
3. Objetivo da resenha

O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.
4. Veiculação da resenha

A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.
5. Extensão da resenha

A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.
6. O que deve constar numa resenha

Devem constar:
  • O título
  • A referência bibliográfica da obra
  • Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
  • O resumo, ou síntese do conteúdo
  • A avaliação crítica
7. O título da resenha

O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir:
Título da resenha: Astro e vilão
Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995

Título da resenha: Com os olhos abertos
Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995

Título da resenha: Estadista de mitra
Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996
8. A referência bibliográfica do objeto resenhado

Constam da referência bibliográfica:
  • Nome do autor
  • Título da obra
  • Nome da editora
  • Data da publicação
  • Lugar da publicação
  • Número de páginas
  • Preço
Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço.

Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa.

Acesse o link abaixo e encontrará ótimas sugestões de filmes. Escolha um e envie um comentário. Posteriormente, assistiremos ao filme mais votado.

www.bonsfilmes.blogspot.com

terça-feira, 3 de maio de 2011

Gêneros Textuais



ARTIGO DE OPINIÃO

É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião.
É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita.
Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões.
O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.
Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:
a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.
b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.
c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os.
d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.
e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.
f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.
g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto).
h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo.
Reescreva-o, se necessário.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS


GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
Para identificar o gênero discursivo, escrito ou oral, deve-se perguntar:
Para que serve?
Que tipo?

Suporte: é onde aparece o gênero. Exemplo: papel, computador, outdoor, televisão, rádio.

Configuração: é como aparece o gênero
1 – escritos
2 – orais: rádio
3 – simples ou complexos: bilhetes, monografia
4 – híbrido: composto por vários recursos de linguagem (jornais, dossiê, portifólio).
Os gêneros integram vários tipos de semioses: signos verbais, sons, imagens e formas em movimento ou estáticas.
Conceitos

Gêneros discursivos: são realizações lingüísticas concretas orais ou escritas, surgem da nossa necessidade, são empíricos.
Ex: certidão de nascimento, resenha, telefonema, notícia jornalística, crônica, novela, horóscopo, receita, ofício, e-mail, bilhete, aula, monografia, parlenda, rótulos, musica...
“Os gêneros são, em ultima análise, o reflexo de estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura. Por isso, em princípio, a variação cultural deve trazer conseqüências significativas para a variação de gêneros, mas este é um aspecto que somente o estudo intercultural dos gêneros poderá decidir.” (MARCUSCHI, 2002)
Tipos textuais: são seqüências lingüísticas e não textos materializados, a rigor, são modos textuais, não são empíricos. Servem para a produção dos gêneros, estão no interior desses. Os tipos textuais são cinco:

Narração: indica uma ação, tempo, espaço, personagem
Descrição: é estática, caracteriza lugares, pessoas objetos, sem as impressões
Injunção: ordens, perguntas, incita a uma ação.
Exposição: define, conceitua.
Argumentação: defende idéias, atribui qualidade.
“... espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas).” (MARCUSCHI, 2002).
“... forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares.” (MARCUSCHI, 2002).

Gêneros Textuais: definição e funcionalidade de Luiz Antônio Marcuschi
- Os gêneros são eventos sociais maleáveis e surgem das necessidades e atividades sócio-culturais com grande influencia das inovações tecnológicas.
- Os grandes suportes tecnológicos da comunicação (rádio, televisão, jornal, internet, revista), por terem uma presença marcante e centralidade nas atividades comunicativas, vão propiciando e abrigando gêneros novos bastante característicos.
- Os gêneros surgem ancorados em outros gêneros. Pode ser por transmutação ou por assimilação de um por outro.
- O que determina o gênero? Pode ser a forma, a função, o suporte ou o ambiente em que os textos aparecem.
- O gênero privilegia a natureza funcional e interativa da língua, já o tipo textual se preocupa com o aspecto formal e estrutural.
- Heterogeneidade tipológica: um gênero com mais de um tipo textual.
- Intertextualidade inter-gêneros: um gênero com função de outro.
- Domínio discursivo: esfera ou instancia de produção discursiva ou de atividade humana. Não é um texto nem discurso, mas propicia o surgimento de discursos bastante específicos. Do ponto de vista dos domínios falamos em discurso jurídico, jornalístico etc., já que as atividades jurídica, jornalística não abrangem um gênero particular, mas, dão origem a vários deles.
-Texto: entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual.
- Discurso: é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instancia discursiva. O discurso se realiza nos textos.
- Deve-se atentar ao uso adequado dos gêneros, pois, por exemplo, contar piadas fora de lugar é um caso de violação das normas sociais relativas aos gêneros textuais.
- Aspectos que devem ser observados na produção e uso do gênero textual:
Natureza da informação
Nível de linguagem (formal, informal, dialetal, culta)
Situação em que o gênero se apresenta (pública, privada, solene)
Relação entre os participantes
Objetivos das atividades desenvolvidas


TEXTOS INSTRUCIONAIS OU PRESCRITIVOS


TEXTOS INSTRUCIONAIS OU PRESCRITIVOS
FUNÇÃO
O texto instrucional ou prescritivo tem a função de ensinar a fazer algo ou apenas a usar algum equipamento ou produto.
CARACTERÍSTICAS
O texto instrucional apresenta duas partes distintas: uma contém a lista dos elementos a serem utilizados; a outra desenvolve as instruções (modo de fazer), como, por exemplo, receitas de culinária.
As listas são semelhantes, em sua construção, às que usamos habitualmente para fazer compras. Apresentam substantivos acompanhados de numerais.
As instruções são iniciadas com verbos no modo imperativo (misture, junte, acrescente, etc.) ou por construções com verbos no modo infinitivo (misturar, juntar, acrescentar, etc.)
Os verbos aparecem acompanhados por advérbios ou locuções adverbiais que expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (lentamente, rapidamente, devagar, vagarosamente, etc.)
As ações aparecem estruturadas, visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até que adquira uma consistência espessa).
Nesse tipo de texto, aparece com frequência o uso de palavras, como aqui, agora, neste momento, etc.
LINGUAGEM
É um texto que exige muita precisão, pois qualquer troca ou falta de um dos materiais ou ingredientes causa problemas na execução da tarefa.
Apresenta uma organização lógica. Essa ordem pode obedecer:
* a uma sequência cronológica ( um passo só pode ser feito depois de outro);
* a um agrupamento de atividades comuns;
* ao critério do nível de dificuldade (primeiro as operações mais simples, depois as mais complicadas).
Os textos instrucionais apresentam uma ordem e uma estrutura que se repete. Levam em conta os aspectos visuais para facilitar a compreensão. Nesse sentido, é preciso:
* colocar títulos e subtítulos;
* separar uma instrução da outra;
* inserir, preferencialmente, ilustrações que auxiliem no esclarecimento das instruções.
EXEMPLOS
São inúmeros os exemplos de textos instrucionais ou prescritivos:
receitas culinárias;
receitas médicas (prescrições médicas);
bula de medicamento;
manual de instrução de aparelhos e veículos;
regras de jogos;
dicas de comportamento;
etiquetas e rótulos de produtos;
(...)

GÊNERO TEXTUAL: FÁBULA


O galo e a raposa
O galo cacarejava em cima de uma árvore. Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e fosse o prato principal de seu almoço.
-Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? – perguntou a raposa.
-Não. Que novidade é essa?
-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá apenas paz, harmonia e amor.
-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.
-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a raposa.
O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.
-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.
-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.
-Bem...nesse caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.
-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.
-Talvez eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.
Atividade 1
* Faça um comentário relacionando a tira e o texto.


Raposa e o Macaco

Autor: Esopo

Numa grande reunião, entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação.
Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes ficaram contagiados. E entusiasmados, daquele dia em diante, resolveram o eleger como seu novo rei.
A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado.
Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que nele não tocara, porque por direito pertencia a sua majestade, o Macaco.
O ganancioso Macaco, todo vaidoso com sua importância, e de olho na prenda, sem pensar duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne preso a ela, estendeu o braço para pegá-lo, e assim acabou ficando preso. A Raposa, ao lado, deu uma gargalhada.
"Você pretende ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si mesmo!"
Logo, passado aquele episódio, uma nova eleição foi realizada entre os animais, para a escolha de um novo governante.
Moral da História:
O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades.



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TRABALHANDO COM GÊNEROS

GÊNEROS JORNALÍSTICOS

Add caption


Segundo Faria (1996), o trabalho com jornal visa melhorar o domínio da língua viva, ou seja, da língua em uso. Bonini (2006), preconiza que “o estudo dos gêneros jornalísticos (bem como dos demais gêneros que compõem o conjunto mais amplo das manifestações da comunicação de massa) apresenta uma grande relevância social”. Segundo o autor, o trabalho com o jornal leva à formação do senso crítico do aluno, que passa assim a lidar de maneira consciente com as informações que lhe são fornecidas nos veículos de comunicação. Faria (1996), ainda aponta o jornal como uma forma de desenvolver a consciência e a cidadania, pois “não existem jornais neutros, nem tampouco informações puras”. Assim, esse veículo, segundo a autora, poderia “fornecer instrumentos eficazes para tornar os alunos leitores críticos, não só de textos, mas do mundo que os rodeia”.
No entanto, de acordo com Bonini (2006), o jornal seria apenas um suporte pelo qual circulam vários gêneros, os gêneros jornalísticos. Esses gêneros acabam por caracterizar o jornal, e seus modelos podem ser trabalhados e analisados dentro das salas de aulas. Assim, poder-se-ia trabalhar com o gênero reportagem, notícia, charge, horóscopo, receita, e também com o editorial.


O GÊNERO EDITORIAL
O editorial é um dos textos jornalísticos mais intrincados, pois é através dele que o jornal se coloca à frente dos fatos que noticia. Isso se dá, no entanto, de maneira sutil, para que se possa passar a impressão de equilíbrio e solidez. Segundo Faria (1996), o editorial “lida com idéias, argumentos, crítica, marcando a posição do jornal sobre os principais fatos do momento”. Assim, o leitor procurará, no editorial, assuntos de repercussão momentânea, sobre os quais o jornal ira se posicionar.
Assim, pode-se perceber que o editorial utiliza-se de uma linguagem argumentativa, mantendo seu autor geralmente anônimo (embora possa-se encontrar editoriais assinados). Segundo Faria (1996), o vocabulário do editorial costuma ser objetivo, e as frases empregadas são curtas e não muito complexas. Essa objetividade visa mostrar a opinião do jornal como algo concreto e verdadeiro. Além disso, os “articuladores discursivos” estão sempre presentes, já que são responsáveis pela coesão de um texto, e dessa forma garantem “o rigor lógico da argumentação e do encadeamento das idéias”. A autora ainda enfatiza o fato de o editorial poder ser trabalhado como uma estrutura dissertativa, na qual existe a apresentação sucinta de uma questão, seu desenvolvimento e discussão através de argumentos e contra-argumentos e a apresentação breve e condensada da conclusão e do modo de vista adotado pelo jornal. Essa estrutura poderia ser de grande valia para alunos de ensino fundamental e médio, pois à medida que a reconhecessem e a vissem em uso concreto, saberiam melhor como reproduzi-la.
Através, portanto, dessa estrutura argumentativa, o editorialista visa persuadir o leitor, e por isso geralmente emprega uma linguagem sutil e leve, e organiza-se num modelo simples e de fácil apreensão. O Manual Geral de Redação da Folha de São Paulo também preconiza a estrutura “apresentação sucinta da questão – desenvolvimento e argumentação – conclusão” para o editorial. No entanto, Nascimento (1999) recorre à operacionalização do conceito de dispositivo argumentativo de Charaudeau (1992), realizada por Oliveira (1996), para análise do editorial. Neste conceito, as partes integrantes do texto argumentativo são: proposta, tese argumento e concessão.
www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2007_g/textos/15.htm

Opinião

ESTAMOS COM FOME DE AMOR!!!!
Add caption



Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão" Pretensiosamente digo que assino em baixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinha se saem sozinhas.
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam,alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance",incrível. E não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho
sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como
voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor
pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!"
Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o
solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio,
démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

(Arnaldo Jabor)

Diário - Um Gênero Especial


O diário íntimo é um gênero textual que pertence ao agrupamento do relatar. Como num relato o produtor reproduz uma experiência vivida e situada em um lugar e um tempo bem determinado, o autor faz uso de um discurso bem interativo, que o expõe na intimidade e, ao mesmo tempo, procura trazer para perto de si o destinatário dando a ele impressão de familiaridade.
O diário íntimo caracteriza-se pela expressão de sentimentos, emoções, e pensamentos do locutor. Essa expressão dá-se através das frases não declarativas, que demonstram estado de espírito de quem fala ou escreve, em relação ao discurso que produz. Além disso, por ser centrado no produtor (primeira pessoa).

O diário de anne frank conta a história de uma menina de família judaica qu viveu na época da segunda guerra mundial, cuja vida lhe reservou pouca sorte e que se escondeu durante anos com a sua família e alguns amigos em Amesterdão para se escapar á fúria hitleriana de acabar com os judeus. Tentou enfrentar em silêncio os nazis e proteger o seu povo. Anne frank, com 13 anos, escreveu neste mesmo diário tudo o que passou com este grupo de pessoas neste período de guerra entre nações até a sua morte.Todo o sofrimento, toda a sua revolta e todas as perguntas que fazia frequentemente a si mesma são relatadas na primeira pessoa neste diário de uma vida não vivida.[BR]Não sabia porquê que o povo hitleriano perseguia os judeus e porquê toda aquela guerra.Mas ao longo do tempo começou a arranjar respostas para as suas dúvidas e tentou arranjar uma maneira de se proteger a si e a toda a sua família. Certo tempo depois foram encontrados e levados para campos de concentração. Anne acabou por morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen[ Foi publicado por seu pai, o unico sobrevivente a toda a guerra, Otto Heinrich Frank, o diário que Anne Frank escreveu durante todo aquele tempo de medo, clausura e fuga. E ainda assim, nos tempos de hoje, Anne e toda a sua história coragem e sofrimento são reconhecidos por toda a gente em qualquer parte do mundo.