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segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Poeta Popular de Sobradinho BA


                        


Autor:  José Freitas de Souza                                      
                                                             
Há se eu pudesse eu faria
A paz vim reinar de novo
Jovens libertos das drogas
De prisões crime e estorvo
E cadeia só pra políticos
Que vive enganando o povo

De carne feijão e ovo
Alimentava a criança
Que mendiga pela rua
Sem paz e sem esperança
E as noites dorme jogado
Sem pais e sem confiança

Criava em prol da criança
Lei pra dar mais assistência
Nas apurações dos fatos
Com mas rigor e transparência
Pra que ela viva em paz
Sem conhecer violência

Pra acabar a decadência
Na política Brasileira
Construía outra Brasília
Que não rolasse sujeira
Os políticos fossem honestos
Pra não haver roubalheira

Nas campanhas eleitoreiras
Rigor na fiscalização
Pois quem promete e não faz
Com certeza é cassação
E punição de trinta anos
Sem disputar eleição

Quem engana a população
Se achando ser o poder
Se roubar vai pra cadeia
Desviou vai devolver
E prestar serviço  de graça
Para todo mundo ver

 A ficha impa rever
Os processos engavetados
Colocar fotos ao público
Dos que nos trouxe enganados
E mandá-los pra cadeia
Os corruptos condenados

Município endividado
Gestor tem mais que pagar
Com os bens adquiridos
De maneira irregular
E ninguém da sua família
Cargo eletivo ocupar

É comum se desviar
E não prestar conta de nada
Justiça finge não ver
E logo esse camarada
Volta como o pai herói
Com a quadrilha organizada 

A muitas caras lavadas
Que apóia um filho coitado
Pra ser eleito por ele
Que roubou e foi condenado
E quer se livrar da divida
Que o deixou no passado

A tantos necessitados
Sem casa pão e lençol
E o governo do País
Ferindo a lei do menor
Gastando rios de dinheiro
Em estádios de futebol

Seria muito melhor
Gastar com nossa nação
Construir mais hospitais
Que virou esculhambação
Com tanta gente sofrendo
Igual animais pelo chão

Jogador mora em mansão
O pobre mora em xalé
Jogador ganha milhões
Pobre é que o governo quer
Esse é o triste retrato
Do meu país o que é

No hospital só atende zé
Se tiver plano de saúde
Mais se não tem não tem vaga
Falta remédio e virtude
E aos que conseguem um leito
Mas falta o médico que ajude

Estar precária a saúde
Só por falta de dinheiro
Governo investido errado
Morrendo mais Brasileiro
Quem diz que ama o Brasil
Não Enriquece Banqueiro

Só se fala em desmantelo
O Brasil tá bagunçado
Políticos sempre mais ricos
E os cofres públicos quebrados
E a saúde e educação
Seu recurso é limitado

Alunos mal alimentados
Não dá para suportar
Como é que o governo
Quer um país exemplar
 Se paga 30 centavos
 Pela merenda escolar

Prefeitos têm que arcar
Se quiser de qualidade
Uma merenda escolar
Que atenda a necessidade
Das crianças que estudam
Do interior a cidade

O que falta é lealdade
Com o povo do meu país
Trabalhadores que sonham
Com dia próspero e feliz
Mas sempre os são lesados
Por propostas imbecis

Se eu pudesse em meu país
Prometeu tem que cumprir
Quem usufruiu do voto
Foi eleito e não quer agir
Terá diploma cassado
E o povo pra lhi punir

Si eu pudesse punir
Corrupto não tinha vez
Do vereador ao presidente
Juiz pobre ou burguês
Que mete a mão no alheio
Seu lugar é no xadrez

A corrupção se fez
Por culpa dos governantes
Que passaram a mão na cabeça
Dos parceiros iniciantes
Em vez de honrarem a pátria
Feriram seus habitantes

Como pode o comandante
Punir os seus comandados
Se aos grandes corruptos
Já se tornou aliado
E nunca se viu água suja
Alvejar panos manchados

Nosso povo esta arrasados
Por culpa dos governantes
Que só nus decepciona
Toda ora e todo instante
Como é que o desonesto
Leva o Brasil adiante

Há se eu pudesse num instante
Mudava a situação
Abria mais CPIS
Pra fazer apuração
Em todos os ministérios
Abolindo a corrupção

Mudava a apresentação
No programa eleitoral
Legislativo é pra leis
E prometem até hospital
E eleitos não fiscalizam
E o tempo é falando mal

Outra mudança total
Faria na lei do menor
Reduzia pra dezesseis anos
Para ficar de maior
Quem é maior pra votar
Vai  responder por si só

 A lei é omissa ao menor
E por isso é que está ai
Fazem filhos e saem fora
E a lei os avós vem punir
São de maior  pra ser pai
Mas de menor pra assumir

É preciso corrigir
A lei de código penal
Banir a corrupção
Essa raiz infernal
Que com certeza é o cúmulo
Da resistência do mal

Só se ouvia falar de mal  
Em lampião e a Turma sua
Que reinaram no Nordeste
Com sua lei severa e crua
Hoje Lampião já se foi
Mais o cansaço continua

Lampião são os poderosos
O cangaço é o poder
Os coiteiros são o povo
Que sofrem sem merecer
Ah! se eu pudesse eu faria
VIRGULINO REVIVER

   poetafreitas.blogspot.com/

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CORDEL É CULTURA POPULAR


Peleja do aluno Preguiçoso com o estudioso

Ofereço este cordel
Ao aluno esforçado,
Ao aluno preguiçoso,
Conversador ou calado
Em nome de toda classe
De nosso professorado.
Então eu irei narrar
Um duelo interessante
Deu-se em Mata Redonda
Com dois jovens estudantes.
Um não estudava nada
Outro estudava bastante.
Chico Tripa era um aluno
Que vivia a estudar
Brincava, jogava bola
Mas na hora de parar
Já ia pegando os livros
Pras tarefas aprontar.

Zé de Peba do contrário
Era um menino teimoso
Na escrita era péssimo
Também lia temeroso
Só que o seu problema era
Ser um grande preguiçoso.
Zé de Peba tinha raiva
Por Chico Tripa viver
Lendo livros na escola
E gostar de escrever.
Certo dia no recreio
Resolveu seu saco encher.
ZÉ DE PEBA
Olha só quem vem aí,
Expressou bem radiante,-
Esse vai é endoidar
Lendo livros nas estantes.
Papa-livro, olho de lupa,
Biblioteca ambulante.

CHICO TRIPA
Melhor ser biblioteca
Do que viver sem ser nada,
Que nem você que possui
A cabeça esvaziada,
Ou melhor, cheia de coisa:
Porcaria, bobeirada.
ZE DE PEBA
Cheleléu de professor,
Desses que são bem folgados,
Por isso é que você vive
Em tudo sendo aprovado.
Eu como não sou assim
Só tiro zero, coitado.
CHICO TRIPA
Eu passo porque estudo
Ninguém vivo a chaleirar,
Agora você devia
Vergonha na cara criar
E em suas horas vagas
Tirar tempo pra estudar.

ZÉ DE PEBA
Colega você não venha
Me dar lição de moral,
Eu não tiro nota boa
Não porque eu seja mal,
É que em vez de estudar
Eu toco meu berimbau.

CHICO TRIPA
Tocar berimbau meu caro
Não bota uma nota só
No diário, assim como
jogar bola ou dominó.
Estudar em tempo vago.
Esse é meu borogodó.
ZÉ DE PEBA
Você é um papa-livros,
Isso sim meu camarada.
Perde seu tempo estudando
Toda essa besteirada
Você quer que eu fique louco
Com tanta coisa estudada?
CHICO TRIPA
Meu amigo estudar
Já faz parte do viver.
Hoje ou você estuda
Ou quando você crescer,
Nunca vai ter um emprego
Ou talvez o que comer.
ZÉ DE PEBA
Não me venha com conversa,
Pois eu conheço pessoas
Que nunca pegaram em lápis
E hoje vivem numa boa
E até possuem casas
Nas praias de João Pessoa.
CHICO TRIPA
Mas hoje em dia é difícil
De esse fato acontecer.
Nos tempos de antigamente
Não se exigia o saber.
Hoje os meios de trabalho
Exigem mais de você.


ZÉ DE PEBA
Eu não penso em trabalhar
Pai e mãe quem me sustenta.
Por isso vivo a brincar
Minha mente não se atenta
Com negócio de estudo
Não sei como “tu aguenta.”
CHICO TRIPA
Às vezes tenho preguiça,
Mas ela não me domina,
Pois penso no meu futuro
E é isso que me anima.
Um dia serei doutor.
Essa será minha sina.
ZE DE PEBA
Penso em ser advogado,
Mas a preguiça é meu forte.
Eu nunca estudo uma prova,
Acho que não tenho sorte.
Faz seis anos que estudo
E nem sei onde é o norte.

CHICO TRIPA
Você precisa é pensar
No futuro de sua vida.
Um dia vai se casar
E vai ter que dar comida
À sua mulher e filhos
E aí qual a saída?
ZÉ DE PEBA
Você ta é me enrolando
Com conversa descabida,
Mas acho que tens razão
Tenho que pensar na vida.
Tirar tempo pra estudar
Aí está a saída.
CHICO TRIPA
Se quiseres captar
Um pouco desse aprendiz.
Vá amanhã lá em casa
A tarefa ainda não fiz.
Aí a gente faz junto,
O que você acha? Diz?
ZÉ DE PEBA
Espera, eu estou pensando:
Dou-te a resposta agora.

Amanhã bem à tardinha
Eu jogo conversa fora,
E aí depois eu venho
E a gente estuda uma hora.

CHICO TRIPA
Uma hora é bastante
Para quem quer aprender.
Faça como eu estude,
Mas estude pra valer
E aí as suas notas
Vão ser dez, você vai ver.
Estudantes sempre busquem
Seguir em tom esforçado.
Tarefa bem resolvida
Um prévio bom resultado.
Desejem ver a vitória.
Ajudem o menos dotado.
Nunca excluam um colega,
Tenha todos do seu lado
E só assim vocês todos
Serão o nosso legado.


de Manoel Messias Belisario Neto
João Pessoa - PB - por correio eletrônico