quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Livro Ataque do Comando P.Q.


Fique Ligado Nessa Aventura!







O livro começa quando o prefeito da cidade onde caco vive liga para ele pedindo para ele ver o que esta acontecendo com os computadores da prefeitura(caco entendia muito de informática e seu pai tinha uma loja de informática),chegando lá, caco vê que tinha sido obra de um hacker que tinha botado palavras em outra língua,caco achou estranho e ficou cismado , destruiu o vírus mas imprimiu as imagens que estavam no computador.Saindo da prefeitura um jornalista liga para caco pedindo pra ele dizer as informações do vírus que tinha assolado os computadores da prefeitura, Caco diz que não foi nada e desliga o telefone.
Caco vai para o bar do Tinhoso e começa a conversa com seu amigo Coruja sobre as mensagens deixadas nos computadores da prefeitura.
No dia seguinte Caco é acordado por um telefone do prefeito ,dessa vez tinha formigas sáuvas andando nos computadores ele viu que em uma tinha o nome comando P.Q, ele fica sismado com isso banca um de detetive e vê o nome de todas as pessoas que começam com P e sobrenome Q,ele encontra um sujeito chamado Paulo Quadros,ele decidi ir lá na casa dele toca a campainha e quem atende é a filha de Paulo Quadros, Beatriz. Ele começa a falar com ela e a convida para sair,fica perdidamente apaixonado mas continua suas investigações e Beatriz percebe e vai embora.
Caco fica arrasado e seu professor Roberto percebe e fala com ele, Caco conta a história para ele e o professor pede as folhas que contem as mensagens e fala para Caco ler o livro TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA. Caco lê o livro e percebe que o hacker esta seguindo o livro, principalmente depois que o hacker faz seu próximo ataque na prisão conferindo com o livro, onde Policarpo Quaresma é preso.

Caco vai outra vez falar com Paulo Quadro e pedir desculpa a ele e a Beatriz,chegando lá descobre que o hacker pode ser Camillo Terra.Chegando lá
eles descobrem várias pistas e que o hacker era na verdade o filho de Camillo Terra, Afonso.   

Mas descobrem que Afonso não é mal e só fez o que fez por querer vingar seu pai. Caco decidi falar para o prefeito quem é hacker confiante que ele iria perdoar Afonso, mas viu que era um engano, o prefeito acusa Afonso por crime. Afonso leva uma pena leve de 1 ano ensinando informática para pessoa carentes, o prefeito Ildefonso é preso por corrupção, e Paulo Quadros vira o novo prefeito do cidade onde Caco mora. Caco começa a namora com Beatriz.


 Conheça a série  Descobrindo os Clássicos em: http://descobrindoosclassicos.blogspot.com.br

Livro De Bem Com Você


Fique de bem com a vida!



Marcos e Sueli são dois autores jovens. E o que eles escreveram aqui é para você ficar de bem com Deus, os pais, os amigos, o sexo oposto e você mesmo. Só para você ficar com água na boca, este livro debate as seguintes questões: Como e que se faz para arrumar um namorado? É possível  amar duas pessoas ao mesmo tempo? Como lidar com a solidão?...

Número de páginas: 256
Acabamento: Brochura

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Livro Paixão Cega

O Herói Que Precisou Perder a Visão Para Enxergar


Este livro conta de maneira contextualizada a história de Sansão. O objetivo é inspirar os jovens cristãos, pelo contraste, a vencer os assédios da cultura do século 21. Vai ajudar, também, a enxergar as ilusões do nosso tempo e a manter o foco na sua identidade e missão.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Conto



                                           Negócio de menino com menina


     O menino, de uns dez anos, pés no chão, vinha andando pela estrada de terra da fazenda com a gaiola na mão. Sol forte de uma hora da tarde. A menina, de uns nove anos, ia de carro com o pai, novo dono da fazenda.
     Gente de São Paulo. Ela viu o passarinho na gaiola e pediu ao pai:
     — Olha que lindo! Compra pra mim? 
     O homem parou o carro e chamou:
     — Ô menino. O menino voltou, chegou perto, carinha boa. Parou do lado da janela da menina. O homem:
     — Esse passarinho é pra vender?
     — Não senhor.
     O pai olhou para a filha com uma cara de deixa pra lá. A filha pediu suave como se o pai tudo pudesse:
     — Fala pra ele vender.
     O pai, mais para atendê-la, apenas intermediário:
     — Quanto você quer pelo passarinho?
     — Não tou vendendo não senhor.
     A menina ficou decepcionada e segredou:
     — Ah, pai, compra.
     Ela não considerava, ou não aprendera ainda, que negócio só se faz quando existe um vendedor e um comprador. No caso, faltava o vendedor. Mas o pai era um homem de negócios, águia da Bolsa, acostumado a encorajar os mais hesitantes ou a virar a cabeça dos mais recalcitrantes:
   — Dou dez mil.
   — Não senhor.
   — Vinte mil.
   — Vendo não.
   O homem meteu a mão no bolso, tirou o dinheiro, mostrou três notas, irritado.
 
   — Trinta mil.
   — Não tou vendendo, não, senhor.
   O homem resmungou "que menino chato" e falou pra filha:
   — Ele não quer vender. Paciência.
   A filha, baixinho, indiferente às impossibilidades da transação:
   — Mas eu queria. Olha que bonitinho.
   O homem olhou a menina, a gaiola, a roupa encardida do menino, com um rasgo na manga, o rosto vermelho de sol.
   — Deixa comigo.
   Levantou-se, deu a volta, foi até lá. A menina procurava intimidade com o passarinho, dedinho nas gretas da gaiola. O homem, maneiro, estudando o adversário:
   — Qual é o nome deste passarinho?
   — Ainda não botei nome nele, não. Peguei ele agora.
   O homem, quase impaciente:
   — Não perguntei se ele é batizado não, menino. É pintassilgo, é sabiá, é o quê?
   — Aaaah. É bico-de-lacre.
   Menina, pela primeira vez, falou com o menino:
   — Ele vai crescer?
   O menino parou os olhos pretos nos olhos azuis.
   — Cresce nada. Ele é assim mesmo, pequenininho.
   O homem:
   — E canta?
   — Canta nada. Só faz chiar assim.
   — Passarinho besta, hein?
   — É. Não presta pra nada, é só bonito.
   — Você pegou ele dentro da fazenda?
   — É. Aí no mato.
   — Essa fazenda é minha. Tudo que tem nela é meu. O menino segurou com mais força a alça da gaiola, ajudou com a outra mão nas grades. O homem achou que estava na hora e falou já botando a mão na gaiola, dinheiro na outra mão.
   — Dou quarenta mil, pronto. Toma aqui.
   — Não senhor, muito obrigado.
   O homem, meio mandão:
   — Vende isso logo, menino. Não tá vendo que é pra menina?
   — Não, não tou vendendo não.
   — Cinqüenta mil! Toma! — e puxou a gaiola.
   Com cinqüenta mil se comprava um saco de feijão, ou dois pares de sapatos, ou uma bicicleta velha.
   O menino resistiu, segurando a gaiola, voz trêmula.
   — Quero não senhor. Tou vendendo não.
   — Não vende por quê, hein? Por quê?
   O menino acuado, tentando explicar:
   — É que eu demorei a manhã todinha pra pegar ele e tou com fome e com sede, e queria ter ele mais um pouquinho. Mostrar pra mamãe.
   O homem voltou para o carro, nervoso. Bateu a porta, culpando a filha pelo aborrecimento.
   — Viu no que dá mexer com essa gente? É tudo ignorante, filha. Vam'bora.
   O menino chegou pertinho da menina e falou baixo, para só ela ouvir:
   — Amanhã eu dou ele pra você.
   Ela sorriu e compreendeu.
  (Ivan Angelo)  

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Espírito natalino


Espírito natalino
Moacyr Scliar

“Homem disfarçado de Papai Noel 
tenta matar publicitária em SP.” 
(Caderno Cotidiano – FSP – 18/12/01)

Primeira coisa que ele fez, ao chegar em casa, foi tirar a roupa de Papai Noel: estava muito quente, suava em bicas. Também queixou-se de dor na coluna. Isso é por causa do saco que você carrega, observou a mulher. De fato pesava bastante, o tal saco. A razão ficou óbvia quando ele esvaziou o conteúdo sobre a mesa: revólveres, granadas, submetralhadoras, vários pentes de munição. Já não dá para sair de casa sem um arsenal resmungou. 0 seu mau humor era tão óbvio que ela tentou amenizá-lo, puxando conversa. Como foi o seu dia, perguntou.

— Um desastre foi a azeda resposta. — Mais uma vez errei a pontaria. Já é a segunda vez nesta semana.

— Isto é o cansaço — disse ela.

— Você precisa de um repouso. Amanhã você vai ficar em casa, não vai?

— De que jeito? Tenho trabalho 

-Amanhã? No dia de Natal?

— 0 que é que você quer? É a minha última chance de usar a fantasia de Papai Noel Tenho de aproveitar.

Suspirou:

— Vida de pistoleiro de aluguel é assim mesmo, mulher. Natal, Ano Novo, essas coisas para nós não existem. Primeiro a obrigação. Depois a celebração.

Ela ficou pensando um instante. — Neste caso — disse —, vamos antecipar a nossa festinha de Natal Vou lhe dar o seu presente.

Abriu um armário e de lá tirou um caprichado embrulho. Surpreso, o homem o abriu com mãos trêmulas. E aí o seu rosto se iluminou:

-Um colete à prova de balas! Exatamente o que eu queria! Como é que você adivinhou?

— Ora — disse ela, modesta, afinal de contas eu conheço você há um bocado de tempo.

Ele examinava o colete, maravilhado. E aí notou que ele era todo enfeitado com minúsculos desenhos.

— 0 que é isto? perguntou intrigado.

Ela explicou: eram pequenas árvores de Natal e desenhos do Papai Noel, trabalho de uma habilidosa bordadeira nordestina:

— Para você lembrar de mim quando estiver trabalhando.

Ele começou a chorar baixinho. Em silêncio, ela o abraçou. Compreendia perfeitamente o que se passava com ele. Ninguém é imune ao espírito natalino.

Texto extraído do jornal “Folha de São Paulo”, São Paulo, edição de 24/12/2001, publicado com o título "Espírito natalino, 2001.
Moacyr Scliar, às segundas-feiras, escreve um texto de ficção baseado em notícias publicadas no jornal.

Tudo sobre 
Moacyr Scliar e sua obra em "Biografias".



Conto de Natal


Conto de Natal
Stanislaw Ponte Preta



Era um Papai-Noel mais subdesenvolvido do que - digamos - o Piauí. Uma barba mixuruquíssima, rala, encardida, que ele acabou por puxar para debaixo do queixo, na esperança de diminuir o calor.

Sim, porque fazia calor.

A calçada refletia por debaixo das calças dos transeuntes o seu bafo quente, o que ocorria também por debaixo das saias das passantes, mas esta imagem é mais refrescante e talvez não dê ao leitor a idéia do calor que fazia. A turba ignara ia e vinha, carregada de embrulhos, vítima da desonestidade dos comerciantes, mas, ávida de comprar presentinhos.

E o Papai Noel avacalhado ali na esquina, badalando. Era um sininho de som fino, que ele badalava meio sem jeito, como se estivesse disfarçando alguma coisa sem aquela dignidade de badalar de sino dos verdadeiros Papais- Noeis.

Também a roupa era mixa!  A blusa não tinha aquela vermelhidão dos Papais-Noeis de capa de revistas. Nunquinha Madalena. Era cor-de-rosa, daquele cor-de-rosa das camisas que usam componentes de blocos de sujo, no Carnaval carioca. Isto, inclusive, talvez fosse verdade: aquele Papai-Noel era tão vagabundo que era bem possível que tivesse aproveitado o uniforme do Carnaval anterior, para o Natal.

Tia Zulmira, protegida pela sombra de uma marquise, aguardava condução e observava o Papai Noel. Observava, por exemplo, que o Papai-Noel usava tênis (bossa nova natalina), observava que o Papai-Noel não fazia anúncio de coisa nenhuma, ao contrário de seus coleguinhas de outras esquinas, que traziam às costas grandes cartazes coloridos com os nomes das lojas da cidade.

A velha, num lampejo, percebeu tudo. Viu logo que, naquele Papai-Noel, tinha truque. E, apenas para confirmar a sua teoria, abriu a bolsa, retirou um pedaço de papel e escreveu:

— 500 cruzeiros no grupo do gato — 1.675 pelos sete lados... NCr$ 200,00 — centena 463 (invertido) . . . NCr$ 150,00.

Enrolou o papelzinho no dinheiro correspondente e, saindo de debaixo da marquise, passou disfarçadamente pelo Papai-Noel e espalmou na sua mão a fezinha. Papai Noel apanhou tudo e disse baixinho:

— Obrigado, minha senhora. Um bom Natal para a senhora também.

Texto extraído do livro "Dez em Humor", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968, pág. 50.

Conheça e vida e a obra de 
Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) visitando "Biografias".
 http://www.releituras.com/spontepreta_conto.asp

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Comédias para Ler na Escola



 A Espada

 Luis Fernando Veríssimo

Uma família de classe média alta. Pai, mulher, um filho de sete anos. É a noite do dia em que o filho fez sete anos. A mãe recolhe os detritos da festa.
O pai ajuda o filho a guardar os presentes que ganhou dos amigos. Nota que o filho está quieto e sério, mas pensa: "É o cansaço." Afinal ele passou o dia correndo de um lado para o outro, comendo cachorro-quente e sorvete, brincando com os convidados por dentro e por fora da casa. Tem que estar cansado.
- Quanto presente, hein, filho?
- É.
- E esta espada. Mas que beleza. Esta eu não tinha visto. - Pai...
- E como pesa! Parece uma espada de verdade. É de metal mesmo. Quem foi que deu?
- Era sobre isso que eu queria falar com você.
O pai estranha a seriedade do filho. Nunca o viu assim. Nunca viu nenhum garoto de sete anos sério assim. Solene assim. Coisa estranha... O filho tira a espada da mão do pai. Diz:
- Pai, eu sou Thunder Boy.
- Thunder Boy?
- Garoto Trovão.
- Muito bem, meu filho. Agora vamos pra cama.
- Espere. Esta espada. Estava escrito. Eu a receberia quando fizesse sete anos.
O pai se controla para não rir. Pelo menos a leitura de história em quadrinhos está ajudando a gramática do guri. "Eu a receberia..." O guri continua.
- Hoje ela veio. É um sinal. Devo assumir meu destino. A espada passa a um novo Thunder Boy a cada geração. Tem sido assim desde que ela caiu do céu, no vale sagrado de Bem Tael, há sete mil anos, e foi empunhada por Ramil, o primeiro Garoto Trovão.
O pai está impressionado. Não reconhece a voz do filho. E a gravidade do seu olhar. Está decidido. Vai cortar as histórias em quadrinhos por uns tempos.
- Certo, filho. Mas agora vamos...
- Vou ter que sair de casa. Quero que você explique à mamãe. Vai ser duro para ela. Conto com você para apoiá-la. Diga que estava escrito. Era o meu destino.
- Nós nunca mais vamos ver você? - pergunta o pai, resolvendo entrar no jogo do filho enquanto o encaminha, sutilmente, para a cama.
- Claro que sim. A espada do Thunder Boy está a serviço do bem e da justiça.
Enquanto vocês forem pessoas boas e justas poderão contar com a minha ajuda.
- Ainda bem - diz o pai.
E não diz mais nada. Porque ve o filho dirigir-se para a janela do seu quarto, e erguer a espada como uma cruz, e gritar para os céus "Ramil!". E ouve um trovão que faz estremecer a casa. E vê a espada iluminar-se e ficar azul. E o seu filho também.
O pai encontra a mulher na sala. Ela diz:
- Viu só? Trovoada. Vá entender este tempo.
- Quem foi que deu a espada pra ele?
- Não foi você? Pensei que tivesse sido você.
- Tenho uma coisa pra te contar.