segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ARTE POÉTICA


TEM TUDO A VER

ELIAS JOSÉ


A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música
do mundo.

A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vôo e o canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
- é só abrir os olhos e ver –
tem tudo a ver
com tudo.

MÚSICA PARA QUEM GOSTA DE PENSAR


Racismo É Burrice (nova Versão De Lavagem Cerebral)
Composição: Gabriel O Pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar,
porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente
esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constroem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento
ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro,
ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral
pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você

CORDEL É CULTURA POPULAR


Peleja do aluno Preguiçoso com o estudioso

Ofereço este cordel
Ao aluno esforçado,
Ao aluno preguiçoso,
Conversador ou calado
Em nome de toda classe
De nosso professorado.
Então eu irei narrar
Um duelo interessante
Deu-se em Mata Redonda
Com dois jovens estudantes.
Um não estudava nada
Outro estudava bastante.
Chico Tripa era um aluno
Que vivia a estudar
Brincava, jogava bola
Mas na hora de parar
Já ia pegando os livros
Pras tarefas aprontar.

Zé de Peba do contrário
Era um menino teimoso
Na escrita era péssimo
Também lia temeroso
Só que o seu problema era
Ser um grande preguiçoso.
Zé de Peba tinha raiva
Por Chico Tripa viver
Lendo livros na escola
E gostar de escrever.
Certo dia no recreio
Resolveu seu saco encher.
ZÉ DE PEBA
Olha só quem vem aí,
Expressou bem radiante,-
Esse vai é endoidar
Lendo livros nas estantes.
Papa-livro, olho de lupa,
Biblioteca ambulante.

CHICO TRIPA
Melhor ser biblioteca
Do que viver sem ser nada,
Que nem você que possui
A cabeça esvaziada,
Ou melhor, cheia de coisa:
Porcaria, bobeirada.
ZE DE PEBA
Cheleléu de professor,
Desses que são bem folgados,
Por isso é que você vive
Em tudo sendo aprovado.
Eu como não sou assim
Só tiro zero, coitado.
CHICO TRIPA
Eu passo porque estudo
Ninguém vivo a chaleirar,
Agora você devia
Vergonha na cara criar
E em suas horas vagas
Tirar tempo pra estudar.

ZÉ DE PEBA
Colega você não venha
Me dar lição de moral,
Eu não tiro nota boa
Não porque eu seja mal,
É que em vez de estudar
Eu toco meu berimbau.

CHICO TRIPA
Tocar berimbau meu caro
Não bota uma nota só
No diário, assim como
jogar bola ou dominó.
Estudar em tempo vago.
Esse é meu borogodó.
ZÉ DE PEBA
Você é um papa-livros,
Isso sim meu camarada.
Perde seu tempo estudando
Toda essa besteirada
Você quer que eu fique louco
Com tanta coisa estudada?
CHICO TRIPA
Meu amigo estudar
Já faz parte do viver.
Hoje ou você estuda
Ou quando você crescer,
Nunca vai ter um emprego
Ou talvez o que comer.
ZÉ DE PEBA
Não me venha com conversa,
Pois eu conheço pessoas
Que nunca pegaram em lápis
E hoje vivem numa boa
E até possuem casas
Nas praias de João Pessoa.
CHICO TRIPA
Mas hoje em dia é difícil
De esse fato acontecer.
Nos tempos de antigamente
Não se exigia o saber.
Hoje os meios de trabalho
Exigem mais de você.


ZÉ DE PEBA
Eu não penso em trabalhar
Pai e mãe quem me sustenta.
Por isso vivo a brincar
Minha mente não se atenta
Com negócio de estudo
Não sei como “tu aguenta.”
CHICO TRIPA
Às vezes tenho preguiça,
Mas ela não me domina,
Pois penso no meu futuro
E é isso que me anima.
Um dia serei doutor.
Essa será minha sina.
ZE DE PEBA
Penso em ser advogado,
Mas a preguiça é meu forte.
Eu nunca estudo uma prova,
Acho que não tenho sorte.
Faz seis anos que estudo
E nem sei onde é o norte.

CHICO TRIPA
Você precisa é pensar
No futuro de sua vida.
Um dia vai se casar
E vai ter que dar comida
À sua mulher e filhos
E aí qual a saída?
ZÉ DE PEBA
Você ta é me enrolando
Com conversa descabida,
Mas acho que tens razão
Tenho que pensar na vida.
Tirar tempo pra estudar
Aí está a saída.
CHICO TRIPA
Se quiseres captar
Um pouco desse aprendiz.
Vá amanhã lá em casa
A tarefa ainda não fiz.
Aí a gente faz junto,
O que você acha? Diz?
ZÉ DE PEBA
Espera, eu estou pensando:
Dou-te a resposta agora.

Amanhã bem à tardinha
Eu jogo conversa fora,
E aí depois eu venho
E a gente estuda uma hora.

CHICO TRIPA
Uma hora é bastante
Para quem quer aprender.
Faça como eu estude,
Mas estude pra valer
E aí as suas notas
Vão ser dez, você vai ver.
Estudantes sempre busquem
Seguir em tom esforçado.
Tarefa bem resolvida
Um prévio bom resultado.
Desejem ver a vitória.
Ajudem o menos dotado.
Nunca excluam um colega,
Tenha todos do seu lado
E só assim vocês todos
Serão o nosso legado.


de Manoel Messias Belisario Neto
João Pessoa - PB - por correio eletrônico



"AINDA SOMOS OS MESMOS"?


Perfeição

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escola
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade.


Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e seqüestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda hipocrisia e toda afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã.


Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão.


Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso - com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção.


Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão.

Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera -
Nosso futuro recomeça:
Venha, que o que vem é perfeição

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

FIGURAS DE LINGUAGEM

A ironia é um instrumento de literatura que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlocutor.

Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo. Para tal, o locutor descreve a realidade com termos aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalorizar. A ironia convida o leitor ou o ouvinte, a ser ativo durante a leitura, para refletir sobre o tema e escolher uma determinada posição.

wikipedia.org/wiki/Ironia

A seguir temos um exemplo de ironia

DOZE CONSELHOS

PARA TER UM INFARTO FELIZ !!!

Dr. Ernesto Artur - Cardiologista


Quando publiquei estes conselhos 'amigos-da-onça' em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2 Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4... Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro , enferruja!!. .rs)

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado... Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos.. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.

UM LINK COM OS GÊNEROS JORNALÍSTICOS

                                                        
Soneto Revista
Composição: Glauco Mattoso / Humberto Gessinge

Na capa, algum palhaço de gravata
Pivô dum novo escândalo bancário
Na entrada, uma entrevista do Romário
Que ao gênio se compara, por bravata
Encarte colorido auto-retrata
O fútil bastidor publicitário
Embora o texto esbanje erro primário,
Vem só um rodapezinho como errata
A página de esporte é defasada
Fofoca é uma coluna concorrida
O artigo financeiro não diz nada
Nas fotos, só mulheres de má vida.
Resenha literária é marmelada.
Cartum sem graça e a josta já está lida.
(na capa, algum palhaço autoritário

rodapé publicitário auto-retrata
fútil entrevista por bravata
ao gênio se compara, o otário)

TRABALHANDO COM GÊNEROS

GÊNEROS JORNALÍSTICOS

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Segundo Faria (1996), o trabalho com jornal visa melhorar o domínio da língua viva, ou seja, da língua em uso. Bonini (2006), preconiza que “o estudo dos gêneros jornalísticos (bem como dos demais gêneros que compõem o conjunto mais amplo das manifestações da comunicação de massa) apresenta uma grande relevância social”. Segundo o autor, o trabalho com o jornal leva à formação do senso crítico do aluno, que passa assim a lidar de maneira consciente com as informações que lhe são fornecidas nos veículos de comunicação. Faria (1996), ainda aponta o jornal como uma forma de desenvolver a consciência e a cidadania, pois “não existem jornais neutros, nem tampouco informações puras”. Assim, esse veículo, segundo a autora, poderia “fornecer instrumentos eficazes para tornar os alunos leitores críticos, não só de textos, mas do mundo que os rodeia”.
No entanto, de acordo com Bonini (2006), o jornal seria apenas um suporte pelo qual circulam vários gêneros, os gêneros jornalísticos. Esses gêneros acabam por caracterizar o jornal, e seus modelos podem ser trabalhados e analisados dentro das salas de aulas. Assim, poder-se-ia trabalhar com o gênero reportagem, notícia, charge, horóscopo, receita, e também com o editorial.


O GÊNERO EDITORIAL
O editorial é um dos textos jornalísticos mais intrincados, pois é através dele que o jornal se coloca à frente dos fatos que noticia. Isso se dá, no entanto, de maneira sutil, para que se possa passar a impressão de equilíbrio e solidez. Segundo Faria (1996), o editorial “lida com idéias, argumentos, crítica, marcando a posição do jornal sobre os principais fatos do momento”. Assim, o leitor procurará, no editorial, assuntos de repercussão momentânea, sobre os quais o jornal ira se posicionar.
Assim, pode-se perceber que o editorial utiliza-se de uma linguagem argumentativa, mantendo seu autor geralmente anônimo (embora possa-se encontrar editoriais assinados). Segundo Faria (1996), o vocabulário do editorial costuma ser objetivo, e as frases empregadas são curtas e não muito complexas. Essa objetividade visa mostrar a opinião do jornal como algo concreto e verdadeiro. Além disso, os “articuladores discursivos” estão sempre presentes, já que são responsáveis pela coesão de um texto, e dessa forma garantem “o rigor lógico da argumentação e do encadeamento das idéias”. A autora ainda enfatiza o fato de o editorial poder ser trabalhado como uma estrutura dissertativa, na qual existe a apresentação sucinta de uma questão, seu desenvolvimento e discussão através de argumentos e contra-argumentos e a apresentação breve e condensada da conclusão e do modo de vista adotado pelo jornal. Essa estrutura poderia ser de grande valia para alunos de ensino fundamental e médio, pois à medida que a reconhecessem e a vissem em uso concreto, saberiam melhor como reproduzi-la.
Através, portanto, dessa estrutura argumentativa, o editorialista visa persuadir o leitor, e por isso geralmente emprega uma linguagem sutil e leve, e organiza-se num modelo simples e de fácil apreensão. O Manual Geral de Redação da Folha de São Paulo também preconiza a estrutura “apresentação sucinta da questão – desenvolvimento e argumentação – conclusão” para o editorial. No entanto, Nascimento (1999) recorre à operacionalização do conceito de dispositivo argumentativo de Charaudeau (1992), realizada por Oliveira (1996), para análise do editorial. Neste conceito, as partes integrantes do texto argumentativo são: proposta, tese argumento e concessão.
www.faccar.com.br/eventos/desletras/hist/2007_g/textos/15.htm

Opinião

ESTAMOS COM FOME DE AMOR!!!!
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Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão" Pretensiosamente digo que assino em baixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinha se saem sozinhas.
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam,alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance",incrível. E não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho
sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como
voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor
pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!"
Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o
solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio,
démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

(Arnaldo Jabor)

TEXTUALIDADE

TEXTO



A origem da palavra texto está no vocábulo “tecer”, ou seja, criar um texto é tecer palavras, idéias para que elas constituam um sentido lógico. Sendo assim, um amontoado de frases justapostas não necessariamente será um texto, só o será se entre elas houver uma relação lógica. O sentido de um texto não advém da soma de frases que o constituem, mas decorre do todo, numa organização macrotextual (coerência) e microtextual (coesão).
O texto escrito se processa segundo algumas normas do nosso conhecimento lingüístico que nos prepara para captarmos o máximo possível, já que é muito difícil absorvermos a sua totalidade.
Para a compreensão, contribui o nosso conhecimento lexical (das palavras), o sintático (da gramática, das relações entre as palavras) e o sintático-semântico (da construção dos elos coesivos). Um texto deve apresentar uma correlação lógica das idéias – coerência - e dos termos de ligação – coesão.

COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência textual está ligada ao nível semântico e cognitivo, isso quer dizer que em um texto as afirmações que se fazem devem ter um fundo de verdade em relação ao próprio texto e em relação ao mundo real. A coerência de um texto está ligada à sua organização como um todo, em que devem ser delimitados o início, o meio e o fim e à adequação da linguagem ao tipo de texto.
Observe o seguinte exemplo:
“Há fatores que restringem, hoje, o alcance da globalização da informação. Mas se todas as pessoas têm acesso à Internet, é o bastante para que tal fenômeno adquira grande importância social e mesmo política”.
Ora, não são todas as pessoas que têm acesso à Internet. Tal afirmação não é verdadeira, porque generaliza de forma enganosa. É preciso estar sempre atento às generalizações – tudo, todos, nunca, sempre, apenas, somente – em geral não correspondem à coerência exigida de um texto objetivo.
Preste atenção!
Um texto é coerente quando as idéias e situações que apresentam se harmonizam, se relacionam de maneira lógica. Quando não há coerência, o texto fica sem sentido e não é possível extrair dele conclusões.

COESÃO TEXTUAL

A coesão relaciona-se com o micro-texto, isto é, tem palavras que estabelecem as ligações de idéias. A coesão é importante para estabelecer a coerência de um texto, mas esta não depende unicamente daquela.
Observemos esta última frase. Nela falamos sobre coesão e coerência, mas para evitar repetições empregamos as palavras esta e aquela com referência às anteriores, isto é, o trabalho de coesão de um texto. A palavra isto, da anterior, substitui todos os dizeres colocados antes dela na frase. Também é um termo coesivo. Daí pode-se dizer que as palavras coesivas podem substituir outras para evitar a repetição. Pode-se fazer a substituição de um só termo ou até mesmo de um trecho de texto. Este mecanismo de coesão é denominado referencial.
Referência - A chamada coesão referencial manifesta-se através da estrutura anafórica e da catafórica.
Anáfora – É um termo que evita a repetição de outro. Realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3° pessoa e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos.
Ex.- O jardineiro molhou as plantas. Elas estão crescendo muito.
João e Pedro trabalham muito, Márcio, porém, não o faz.
Catáfora - Termo que antecipa outro a ser mencionado.Realiza-se através de pronomes demonstrativos ou indefinidos, ou de nomes genéricos, mas também, por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais.
Ex - Aqui o clima é muito louco. Brasília é uma cidade muito estranha.
Só queremos isto: a vitória.
Observe que os itens coesivos referenciais não podem ser interpretados semanticamente por si mesmo, sem que se faça a vinculação com os termos pressupostos.
OBS - Ainda com relação à analise do sistema de referencia estabelecida em um determinado texto, é importante destacarmos que o estabelecimento de referência tanto pode se dar entre elementos do próprio texto (referência endofórica) – quanto entre elementos não expressos no texto (referência exofórica), que fazem parte da realidade externa.
Ex - Você não se arrependerá de ter feito aquela compra. (referência exofórica)
Valério e Cristina são namorados há um ano. Eles se conheceram no segundo ano colegial. (referência endofórica)

ROBINSON CRUSOÉ



SINOPSE DO LIVRO
Uma história que fascina geração após geração, décadas após décadas,‘Robinson Crusoé’ é o mais celebre romance do famoso Daniel Defoe (Londres, 1660 – Londres, 21 de Abril de 1731) escritor e jornalista inglês, escrito em 1719. O livro foi baseado na história real de um marinheiro escocês, Alexander Selkirk, abandonado, a seu pedido, numa ilha do arquipélago Juan Fernández,
onde viveu só de 1704 a 1709. O romance narra a luta de um homem sozinho contra a natureza, e a readaptação ao modo de vida do inicio da civilização humana, e dependente apenas de si próprio. Conjudado a isso o mito da solidão, já após um naufrágio, a personagem Robinson Crusoé é o único sobrevivente, vive sozinho durante vinte e oito anos. A história de Crusoe teve várias adaptações cinematográficas, quase todas com
muito sucesso e exercendo uma fascinio enorme. Até hoje a obra literária ‘Robinson Crusoé’ é objecto de procura em grandes livrarias, avôs, e pais que lerem a história, desejam que seu netos ou filhos também leiam. Uma história transmitida de geração em geração e que talvez por abordar a ‘sobrevivencia’ humana gere uma curiosidade adicional. Vale a pena ler o livro, indicado para pré-adolescente e jovens.

Sinopse Do Filme
Uma das mais emocionantes histórias de sobrevivência e amizade, de todos os tempos. Adaptação do clássico de Daniel Defoe, Robinson Crusoé - o filme - traz, no papel principal, o "charming man" Pierce Brosnan (o James Bond do momento, protagonista de filmes como O Inferno de Dante e O Passageiro do Futuro). Brosnan interpreta o sobrevivente de um naufrágio que vai parar numa ilha, e ali desenvolve incrível habilidade para construir ferramentas e utensílios a partir de elementos da natureza, além de fazer amizade com um nativo - a quem salva dos canibais e batiza de Sexta-feira. Esta é uma adaptação do clássico conto de Robinson Crusoé, um marinheiro britânico, único sobrevivente de um naufrágio, que é levado pelas águas até uma remota ilha deserta. Enfrentando os desafios da natureza e vivendo em extrema solidão, Crusoé se vê forçado a lutar contra as armadilhas da própria mente, a fim de manter-se longe da loucura. Mas a grande ironia chega por meio de um nativo que Crusoé salva de uma tribo de canibais, o qual batiza de Sexta-feira. A necessidade urgente de companhia fará Crusoé confrontar seus princípios racistas, nascendo daí um laço tão grande de amizade como ele nunca havia conhecido. E é essa amizade peculiar que lhe dará forças para sobreviver a todas as adversidades e encontrar seu caminho de volta a civilização.

Diário - Um Gênero Especial


O diário íntimo é um gênero textual que pertence ao agrupamento do relatar. Como num relato o produtor reproduz uma experiência vivida e situada em um lugar e um tempo bem determinado, o autor faz uso de um discurso bem interativo, que o expõe na intimidade e, ao mesmo tempo, procura trazer para perto de si o destinatário dando a ele impressão de familiaridade.
O diário íntimo caracteriza-se pela expressão de sentimentos, emoções, e pensamentos do locutor. Essa expressão dá-se através das frases não declarativas, que demonstram estado de espírito de quem fala ou escreve, em relação ao discurso que produz. Além disso, por ser centrado no produtor (primeira pessoa).

O diário de anne frank conta a história de uma menina de família judaica qu viveu na época da segunda guerra mundial, cuja vida lhe reservou pouca sorte e que se escondeu durante anos com a sua família e alguns amigos em Amesterdão para se escapar á fúria hitleriana de acabar com os judeus. Tentou enfrentar em silêncio os nazis e proteger o seu povo. Anne frank, com 13 anos, escreveu neste mesmo diário tudo o que passou com este grupo de pessoas neste período de guerra entre nações até a sua morte.Todo o sofrimento, toda a sua revolta e todas as perguntas que fazia frequentemente a si mesma são relatadas na primeira pessoa neste diário de uma vida não vivida.[BR]Não sabia porquê que o povo hitleriano perseguia os judeus e porquê toda aquela guerra.Mas ao longo do tempo começou a arranjar respostas para as suas dúvidas e tentou arranjar uma maneira de se proteger a si e a toda a sua família. Certo tempo depois foram encontrados e levados para campos de concentração. Anne acabou por morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen[ Foi publicado por seu pai, o unico sobrevivente a toda a guerra, Otto Heinrich Frank, o diário que Anne Frank escreveu durante todo aquele tempo de medo, clausura e fuga. E ainda assim, nos tempos de hoje, Anne e toda a sua história coragem e sofrimento são reconhecidos por toda a gente em qualquer parte do mundo.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Canção Da América

Canção Da América
Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

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Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi

Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

A Amizade

A Amizade

Regina Mota

Composição: Flávio Santos e Valdecir Lima

São tantas as coisas bonitas
Que a pura amizade nos traz
Parece o sol de uma ilha
Cujos raios são gotas de paz
Eu quero viver a amizade
Me envolver nessa doce magia
Neste brilho do sol sobre o mar
Vou navegar

Coro:
A amizade parece
Um barco que cruz o mar
Navegando tranquilo
Me ensina a viver e amar

Por rios e mares risonhos
Eu pude sentir o calor
Que veio da ilha de sonhos
E inundou o meu barco de amor
Eu quero viver a alegria
Me envolver nos encantos do dia
Pra que eu posso viver e sonhar
Vou navegar

AMIGOS

AMIGOS
Vinicius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho
deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem desaparecidos todos os meus amores,
mas enlouqueceria se desaparecessem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese,
dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.